"Quais criaturas sobrenaturais vagam pelas matas distantes na escuridão da noite?
Será que é possível imaginar?"
O Relato a seguir é sobre esse tipo de situação!
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Olá a todos, esse fato aconteceu com meu marido, e irei contá-lo como ele me contou.
Meu marido é natural de Bagé-RS, e foi criado no interior até os 13 anos.
Meu sogro era agente de estação da "REFFESA" (Rede Ferroviária Federal S/A), e por isso meu marido, minha sogra, ele e meus dois cunhados, moravam sempre em casas próximas as antigas estações de trem, que serviam como paradouro e ponto de envio de cartas dos correios, por isso, era necessária apresença dos agentes nestas estações praticamente abandonadas, já que havia sido desativada a circulação de trens de passageiros naquela época, ao menos aqui no RS, no final dos anos 80 e meados de 90.
Bom, vamos ao acontecido.
Quando meu marido tinha uns 9 ou 10 anos, foi solicitado ao meu sogro para comparecer à um curso de atualização da "REFFESA" em Porto Alegre, o qual duraria semanas.
Como era inverno, e bem no meio do ano, minha sogra decidiu ficar em casa, ao invés de ir para a casa do võ do meu marido, em Bagé, o que era comum quando meu sogro tinha que viajar.
De acordo com meu marido e minha sogra, e com o que eu pude constatar no Google Earth, a casa deles era no 25º distrito de São Gabriel, chamado de Coronel Linhares.
[Estação Coronel Linhares - Coordenadas GPS: Latitude / Longitude = 30°46'14.00"S, 54°16'35.00"W].
Era literalmente no meio do nada, um lugar cercado pelo mato, por um córrego e pela linha do trem que passava bem na frente.
Na terceira ou quarta noite que meu sogro estava fora de casa, minha sogra botou os guris pra dormir, incluindo meu marido, e também foi se deitar.
Conferiu se estava tudo bem fechado, apagou o lampião e foi dormir.
Isso entre 20:30' e 21:00'.
Não tinha muito o que fazer, no inverno do RS, no meio do mato e sem luz, e com 3 filhos, a única opçao era dormir mesmo.
De madrugada (eles não sabem dizer o horário certo), meu marido acordou com meu cunhado chorando.
Como ele era o irmão mais velho, sempre tinha que resolver os problemas dos outros 2 irmãos.
Mas o irmão estava muito apavorado, escondido nas cobertas, chorando bem baixinho, quase que miando.
Meu marido levantou e foi ver o que estava acontecendo, sacundiu o irmão pra ver se ele não tava machucado ou sonhando.
Nisso ele houviu um rosnado. Vinha da janela que ficava bem acima da cama do seu irmão.
Na hora meu marido deu um pulo pra trás, puxando seu irmão da cama com cobertor e tudo.
Nisso o outro irmão, o caçula, acordou e gritou pela minha sogra.
Em segundos ela apareceu na quarto e deu de cara com os 3 encostados na parede oposta da janela.
Quando ela foi ver o que eles estavam olhando, tomou um susto com a sombra de um alguma coisa na janela.
Dava pra ver que tinha alguém na rua, mas não dava para ver quem era.
Com medo de ser algum andarilho ou ladrão, ela gritou pelo nome do meu sogro, pra fazer de conta que ele estava em casa, disse: "fulano, corre aqui com a arma que tem um vagabundo rondando a casa".
Quando ela parou de gritar, uma "coisa" (como diz meu marido) se atirou contra a janela.
Aquilo fez um estrondo, mas como a casa era boa e bem refornaçada, não teve aquilo atravessar e entrar dentro de casa.
Eles ficaram apavorados, e minha sogra pediu ao meu marido que buscasse o lampião do corredor.
Ele foi correndo, meio abaixado, com medo, e quando voltou a coisa tinha aparentimente saído de volta da janela.
Depois de uns 5 minutos de silêncio, a coisa forçou a porta da cozinha, e nisso, minha sogra correu até lá, seguida dos filhos.
Na hora ela pegou uma machadinha que ficava do lado do fogão a lenha e disse pros guris pegaram as facas do meu sogro dentro da maleta de pescaria.
Meu marido ficou com o lampião em uma mão e uma faca na outra, esperando a "coisa" invadir a casa, mas nada mais aconteceu.
Eles ficaram na espera por mais de uma hora, ouvindo passos em volta da casa.
Quando deu quase duas horas de espera, e o silêncio tomava conta da rua, minha sogra resolvou levá-los para o quarto novamente, achando que não tinha mais nada.
Deitou o caçula na cama e foi arrumar a cama do outro filho, a qual estava bagunçada.
Nisso, meu marido resolveu olhar pelas frestas da persiana externa da janela e viu um cachorro preto enorme, sentado bem debaixo da janela.
Ele chamou minha sogra pra olhar e quando os dois chegaram perto do vidro, o bicho pulou na janela, dando para ver que ele possuía o olhos vermelhos como se estivessem acesos.
Meu marido diz que parece essas lentes de contato que tem hoje em dia.
O bicho pulou na janela e só rosnou pra eles.
Depois o barulho sumiu completamente.
Eles ficaram acordados até o dia amanhecer, e com medo de sair pra rua, minha sogra só abriu a porta da cozinha perto do meio-dia.
Quando eles sairam de casa, não tinha marca de nada, absolutamente nada, sem no chão, na janela e nem na porta da cozinha.
Meu marido fez sinal com um espelho para um trator que estava longe e que era da estãncia mais próxima.
O tratorista veio, e soube do que aconteceu.
Ele disse que isso já tinha acontecido em volta da casa dos peões, mas a muitos anos, e que ia falar com o patrão dele pra mandar um empregado ficar de guarda na casa da minha sogra até meu sogro voltar.
Então veio um guri, que tinha uns 16 anos de idade, e que ficou lá, mas nada mais aconteceu.
Meu marido ainda sonha com o cachorro até os dias de hoje, e quando isso acontece , ele tem uns espasmos.
Ele acorda e diz que teve a sensação de estar preso na cama, sem poder se mexer.
Minha sogra também relata isso.
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Lulu
Porto Alegre - RS - Brasil |
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